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Mas eu sou como uma oliveira que floresce na casa de Deus; confio no amor de
Deus para todo o sempre. Salmo 52:8

domingo, 21 de junho de 2015

Um pequenino milagre em meus braços

Hoje depois de muito tempo assisti novamente ao documentário que foi produzido pela Estação Luz Filmes sobre a história de nossa filha Vitória. Só aí me dei conta de que há exatos 5 anos, em 21/06/2010, ela recebia alta hospitalar para ir para casa!

Lembro que foi uma sensação única de alegria e gratidão pegar aquele pequenino milagre em meus braços e levá-lo para casa. 

Não sei por que fui escolhida para essa missão. Mas recebi a responsabilidade e o privilégio de amar e zelar pela vida de uma criança única, especial e muito frágil. Lutei ao seu lado durante quase 3 anos com todas as minhas forças e além. Pude experimentar a presença de Jesus ao meu lado todos os dias. Não teria conseguido sem Sua presença a me lembrar o amor incondicional de Deus por mim e por minha filha, e Seu Espírito a nos sustentar e conduzir.

Foram anos preciosos em que senti de forma muito intensa o quanto a vida é algo sagrado, valioso e passageiro. Sua presença nos enchia de amor, de paz, de coragem e fé. A mim me parece que às vezes Deus escolhe os mais pequeninos e frágeis para se manifestar entre os homens e para serem mensageiros de seu amor. Talvez porque nós vivemos aqui tão cheios de nós mesmos que nos custa silenciar para ouvir a Deus.

Quanto sentido de vida ganhei com sua vida tão breve. 

Em julho fará 3 anos que ela recebeu sua "alta" dessa vida limitada e foi para sua verdadeira casa. Vem chegando aquela tristezinha misturada com a saudade de ver quanto tempo que já não a temos mais aqui. Mas é bom pensar que, assim como nós a levamos para nossa casa nessa vida passageira e imperfeita, naquela manhã fria de 21 de junho, com tanto orgulho, com tanto amor, felizes por ela não precisar mais ficar no hospital... Jesus também deve tê-la recebido com todo amor e muito, muito orgulho, quando ela nos deixou naquela noite gelada de julho de 2012, liberta de todas as dores e desafios desta vida... "Missão cumprida, minha princesinha guerreira, seja bem-vinda! Como te amamos e estamos felizes que você esteja aqui" 

Se eu, tão imperfeita e limitada que sou, a amo tanto, imagina Deus! Pensar no profundo amor que Deus tem por ela acalma e aquece meu coração de mãe - que convive com a ausência de uma filha que ainda é e sempre será muito amada. 

Compartilho o documentário novamente, para quem ainda não assistiu ou para quem quiser relembrar conosco.

3 comentários:

  1. Eu me lembro nitidamente da manhã quando li que ela tinha partido pela noite anterior. Fazia um sol, mas estava gelado. Eram dias difíceis pra mim pra também....Abraços!
    Débora

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  2. Joana, com seu exemplo de amor e de aceitação, também tenho aprendido a aceitar as situações dessa vida e deixar que Deus cuide de mim e de minha família. Leciono biologia em várias escolas e assuntos polêmicos como aborto sempre surgem. Cito o exemplo da Vitória e de outras crianças, que. apesar de seus problemas de saúde, enchem suas famílias de alegria, vida e esperança. Tenho tido boa aceitação e a maioria dos adolescentes falam que nunca fariam um aborto. Acho isso muito importante para mim e para eles também.
    Abraços
    Renata

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  3. Eu não tive sua coragem, talvez por medo de complicações e porquê tenho dois filhos e tive muito medo de morrer. As vezes me sinto egoísta.
    Sempre que fecho os olhos consigo ver o rostinho do meu bebê. Estava com 18 semanas nas já estava todo formado.
    Muitos ne julgam pela decisão que tomei, mas ninguém pode imaginar a dor que eu senti e ainda sinto, pois embora tenha optado pela interrupção isso não fez meu amor por ele ser menor.
    Invejo sua coragem. Sei que vou me culpar pelo resto da vida. Espero que deus e meu filho tenha me perdoado.
    Abraços.

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Muito obrigada pela visita ao nosso blog. Comentários são bem-vindos e muito especiais! Por favor confira algumas orientações antes de deixar sua mensagem:

1) Este blog é um registro pessoal de nossa vida com nossa filha Vitória, que viveu conosco por 2 anos e meio após a gestação. Ela faleceu em julho de 2012.
2) Comente de maneira séria e respeitosa. Mensagens ofensivas ou desagradáveis irão p/ a lixeira.
4) Infelizmente nem sempre consigo responder todas as mensagens que recebo, mas leio a todas com muito carinho.
5) Se você está vivenciando ou vivenciou uma gestação de um bebê com acrania e anencefalia, temos um grupo muito especial de apoio no Facebook onde você será bem-vindo: www.facebook.com/groups/acraniaeanencefalia (copie e cole este endereço em sua barra de endereços da internet)
6) Se preferir, contate-me pelo e-mail joanaschmitz@yahoo.com.br

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