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Mas eu sou como uma oliveira que floresce na casa de Deus; confio no amor de
Deus para todo o sempre. Salmo 52:8

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

27 semanas rumo a novas aventuras!



Meu coração está firme, ó Deus! Cantarei e louvarei, ó Glória minha! Salmos 108:1


Hoje fizemos mais um exame do pré-natal, o ecocardiograma fetal, e graças a Deus ouvimos que nosso amado Benjamin foi abençoado com um coraçãozinho saudável e forte! Fiquei mais uma vez emocionada e grata a Deus por esse lindo milagre e presente na vida do nosso filho.

O medo e o nervosismo sempre aparecem na hora dos exames, mas a lembrança de que ele pertence a Deus, e não a mim, e que Deus tem um propósito lindo e perfeito para sua vida me levam a encontrar novamente o caminho da confiança e da paz em meio à espera e todas as expectativas e receios.

Hoje também completo 27 semanas, entrando oficialmente no 3º trimestre! Barrigão cada vez maior, umbigo bem saltado pra fora, dores nas costas, se sentindo mais cansada... E o nível de dificuldade só aumenta para pegar as coisas no chão e fazer as arrumações na casa.

Mas também muito mais feliz e cheia de expectativas para a chegada no nosso amado menino. Recentemente ele começou a se mexer muito mais, tem sido um bebê super ativo e parece que fica bastante tempo acordado na barriga. Já responde mais aos estímulos e às conversas com o papai, e se faz presente o tempo todo no meu dia a dia.

Estou começando apenas agora a pensar no enxoval, quarto e chá de bebê. Nós nos mudamos em setembro para São Bernardo do Campo (o fator moradia é um capítulo a parte em nossa história, um dia ainda conto toda a nossa saga, lutas e desventuras nessa área) e agora estamos muito felizes com essa nova etapa. Mas ainda estamos fazendo arrumações na casa devido à mudança, então temos muito trabalho pela frente!

Demora um pouco para "mudar a chave" de nosso pensamento de que seremos pais de um menino, e deixar de lado as roupas rosinhas com lacinhos e florzinhas, mas estamos curtindo muito esse novo universo tão colorido e cheio de aventuras dos meninos.

Também ainda estou à procura de um bom obstetra para acompanhar o parto. Minha opção é pelo parto normal, da maneira mais humanizada possível, sem abrir mão da segurança do acompanhamento médico e do ambiente hospitalar. E esse não é um caminho fácil, pois hoje em dia todos os obstetras cobram valores bem altos somente para fazer uma cesariana de 40 minutos, mesmo via convênio, quanto mais para acompanhar um parto normal humanizado que pode levar horas. Sem falar que o sistema obstétrico no Brasil gira em torno da conveniência (para o médico e hospital) da cesariana, na maioria das vezes desnecessária. Entendo que a cesariana da Vivi foi importante devido à condição dela, mas foi tão difícil e dolorosa a recuperação, e realmente não queria passar por outra cirurgia sem que haja real necessidade.

Ainda não faço ideia de como faremos para conquistar esse atendimento de maneira acessível ao nosso orçamento, mas estou colocando tudo nas mãos de Deus e pedindo que Ele nos conduza sempre para o melhor e que coloque os profissionais certos no nosso caminho, como sempre fez com a nossa amada princesinha Vitória.


E assim seguimos em frente dando um passo de cada vez em nossa nova aventura...

Ótima semana a todos!

Ah, Benjamin está aqui mandando um oi para todos vocês, dando uns chutinhos na minha barriga!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Por sua preciosa memória


Mas eu sou como uma oliveira que floresce na casa de Deus; confio no amor de Deus para todo o sempre. Para sempre te louvarei pelo que fizeste; na presença dos teus fiéis proclamarei o teu nome, porque tu és bom. Salmos 52:8-9


Já contei para vocês um pouco sobre como foram os momentos de despedida da nossa princesinha Vitória, quando seu corpinho foi devolvido a terra após sua partida para junto de Jesus.

É um assunto importante para nós e me sinto muito à vontade para falar sobre isso, embora tenha cuidado pois entendo que, para muitas pessoas, falar sobre estas questões que envolvem a morte pode ser um tanto difícil.

Para mim também sempre foi, mas lembro que tomar conhecimento de relatos trazidos por outras famílias de outras experiências de amor e cuidado para com seus filhos durante toda vida, até a morte foi muito importante. Pois quando chegou o nosso momento de despedida, estava um pouco mais preparada e, no lugar do desespero e pânico, busquei conferir a cada momento e a cada detalhe muito amor, dedicação e respeito à memória da nossa filha.

Da mesma forma, algo também muito importante para nós tem sido cuidar do local onde ela foi sepultada.

Sei que alguns pais que perderam seus filhos têm muita dificuldade em visitar o túmulo onde seus pequenos foram sepultados. Acho que isso deve ser respeitado e ninguém deve se sentir culpado em ter essa dificuldade. O mais importante é buscar, ainda em vida, dar o nosso melhor. A história pessoal de cada um e a forma como se deu essa despedida podem ter sido muito traumáticas e isso pode dificultar bastante o processo de luto que se seguirá. Como sempre, o intuito de dividir nossa experiência aqui é somente trazer nosso relato pessoal que, se pode ajudar alguém, sempre é válido.

O corpinho da nossa princesa foi sepultado em um túmulo da família do Marcelo, um túmulo que o avô dele, com muito esforço, comprou para enterrar o próprio pai, na década de 1950, no Cemitério de Campo Grande, em Santo Amaro, São Paulo. Muitos familiares dele foram enterrados neste mesmo local, até que ele mesmo veio a falecer e ali seu corpo descansou, em 2005.

Foi esse mesmo local que acolheu o corpo da nossa amada filhinha. Era um túmulo muito antigo e estava tudo bem desgastado, precisando de uma reforma urgente. Com menos de um mês do falecimento da nossa Vivi, voltamos até lá e lembro que me entristeceu bastante ver como estava tudo velho e desarrumado. Fomos nos organizando financeiramente e em dezembro contratamos uma pessoa para fazer uma pequena reforma, tudo muito simples, em cerâmica, mas para deixar esse importante local de memória de nossa família mais bonito.

Em janeiro, logo na semana que antecedeu seu aniversário de 3 anos, a reforma ficou pronta, e foi um alento ao nosso coração levar algumas flores para lembrar seu aniversário e ver que estava tudo bem mais bonito. Ainda faltava arrumar o jardim, mas só a reforma com a cerâmica já deu uma boa melhorada. Levamos uma linda cesta de flores bem grande, uma borboleta e um cata-vento da decoração dos seus aniversários de 1 e 2 anos. Era um dia cinzento e chuvoso, e com as flores o local ficou mais bonito e iluminado, o que me consolou neste dia que foi bastante triste e emotivo. Mas, para minha indignação e tristeza, voltamos uma semana depois, pois ainda foi feita uma movimentação no túmulo pelos funcionários do cemitério e tudo havia sido levado embora, as flores, as borboletas, o cata-vento. Não tenho nem como descrever o quanto fiquei triste e chateada com esse descaso dos funcionários!

Novamente nos organizamos e contratamos um jardineiro para arrumar o jardim do seu túmulo. Contamos a história da Vitória e o quanto ela foi especial, e o jardineiro se comoveu bastante, fez um jardim bem bonito. Porém o jardim que eles costumam fazer é apenas com plantas suculentas e umas flores que não parecem flores, mais resistentes, menos coloridas. Disseram que outras flores mais delicadas não vingariam, pois há muitas árvores no local e consequentemente pouco sol. Mesmo assim, lá fomos nós num domingo à tarde comprar umas mudinhas de calanchoê e uma pazinha de jardim e seguimos para o cemitério.


Com minhas próprias mãos e com muito carinho cavei a terra, plantei as mudinhas e reguei, na esperança de que elas ficassem bem naquele jardim tão importante para nós. Isso foi em abril, e quando voltamos lá em maio no Dia das Mães para levar mais algumas flores, lembro que alegrou meu coração ver as florzinhas ainda bem vivas e coloridas.




A próxima etapa foi mandar fazer uma placa com seu nome e uma fotinho sua. Finalmente em julho, antes do aniversário do seu falecimento, a placa ficou pronta! Fomos uma semana antes e para minha surpresa, além de a placa estar pronta, as flores estavam novamente cheias de botões. Não consegui ir no dia 17 pois seria nosso primeiro ultrassom para ver o Benjamin, mas lembro que foi um grande consolo, um ano após nos despedirmos, ver essa placa que resume em poucas palavras uma história de vida tão importante e bela como foi a dela. Também deixamos um vaso de flor e mais algumas mudas de calanchoê.


Em agosto, no Dia dos Pais, lembro que acordei de manhã me sentindo triste, com uma imensa falta dela e me sentindo tão desolada em não tê-la junto de mim para juntas irmos dar um abraço no papai. Então fomos novamente ao cemitério, levamos como sempre um vaso de uma flor bem bonita e ao chegarmos vimos o jardim bem florido, as calanchoês e a outra plantinha que havíamos levado super vivas e cheias de flores, tudo tão alegre e bonito.

Então pensei que, se ela não está mais aqui conosco, é porque está agora junto de Deus, num local que deve ser muito mais belo e florido do que esse nosso mundo tão desgastado e maltratado, um lugar mais lindo e alegre do que o mais belo jardim que possa haver nesse mundo. Se ela deixou seu corpinho terreno, que apesar de lindo também era imperfeito e fraco, foi para receber um novo, glorioso e perfeito corpo celestial, graças a Jesus.


Pedi ao jardineiro que plantasse as novas mudinhas que deixei lá, pois havia esquecido de levar a pá para plantá-las, além de que será pago um valor anual para manterem o jardim, e ele também havia dito que podíamos deixar as mudinhas para ele plantar. Devido à gestação, também achei melhor não me agachar para plantá-las. Mas na última vez que voltamos lá, para minha tristeza, vi que as novas mudas não tinham sido plantadas, e quando não tinham mais flores, foram levadas embora. O que novamente me deixou muito chateada!

Mas assim que possível voltaremos lá para plantar mais flores, também sempre as regamos, tiramos um pouco das folhas secas e levamos um vaso de flores para deixar tudo mais bonito.

Na última vez que fomos lá, mês passado, já era primavera e sobre o jardim estavam também muitas flores de paineiras, que nessa época do ano estão todas floridas e caem sobre o chão formando um lindo tapete rosado.




Isso me fez pensar também em como o tempo correu. Já se passaram quatro estações desde a sua partida. E novamente a terra está florescendo e a vida recomeçando.

Sempre que possível, durante minha vida, buscarei manter esse local de honra e memória à história da Vitória. Sei que ela não está ali, que ela está junto de Deus e para quem está junto de Deus, pouco importam estas coisas terrenas. Mas nós, que ficamos, mantemos esses locais de memória para nós mesmos, para acalentar o nosso coração.


Ali depositamos seu corpinho, que foi por nós gerado, que cresceu dentro de mim, que cuidamos e zelamos durante todo o tempo de sua vida. Esse corpinho lindo que ela recebeu de Deus por um tempo para viver conosco, e que foi um tempo muito feliz e importante, que deixou tantas marcas inesquecíveis. Quando chegou o tempo de voltar para Deus, esse corpo descansou e perdeu sua utilidade. E foi com o maior amor, cuidado e respeito que o enterramos, esse corpo onde sua alma tão doce e preciosa habitou. Uma parte de nós está ali e representa um grande tesouro que sempre carregaremos em nossos corações com muito orgulho: sermos seus pais e termos tido uma filha tão preciosa em nossas vidas.










Portanto, temos sempre confiança e sabemos que, enquanto estamos no corpo, estamos longe do Senhor. Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos. Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor. 



Reportagem sobre a Vitória no SuperPop da RedeTv - Programa debateu sobre o aborto

Ontem o programa Super Pop da RedeTv abordou o tema do aborto, por ocasião do exibição do filme Blood Money - Aborto Legalizado, que está em cartaz em algumas capitais brasileiras.

Foi exibida uma linda reportagem sobre nossa história com nossa amada filha Vitória, como um exemplo de opção pela vida mesmo em caso de grave malformação.

Foi um debate muito produtivo e interessante, com participação da cantora Elba Ramalho, que fez um aborto na juventude e relata toda a dor e trauma que se seguiram, levando-a hoje a ser um grande defensora da vida. Ela realiza um importante trabalho social voltado para amparar mulheres jovens que querem abortar, orientando-as a aceitar o filho e conduzir a gestação.

O programa contou ainda com a presença da Profª e Drª em Biologia da UNB, Lenise Garcia, presidente do Movimento Nacional de Cidadania Pela Vida - Brasil Sem Aborto, falando sobre o aspecto científico da vida do embrião, ainda na gestação, e do ex-deputado federal Luiz Bassuma, autor do Estatuto do Nascituro e ativista pró-vida, além de outros convidados incluindo uma ativista pela legalização do aborto no Brasil.

O debate foi muito bem conduzido pela Luciana Gimenez, tratando um tema delicado e importante como esse com seriedade e cuidado. Vale a pena assistir!

Clique aqui para assistir ao vídeo que tem a nossa reportagem, diretamente no site da RedeTv. Para assistir ao programa inteiro desde o início, é só descer a página e clicar nos próximos vídeos.

(A propósito, alguém sabe me indicar um programa eficiente e seguro para que consiga baixar estes vídeos como do G1 e da RedeTV, que não disponiblizam seus vídeos no You Tube, para meu computador? Gostaria de guardar estas reportagens em meu arquivo, já que após alguns meses os links são retirados do ar).

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Benjamin!

Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Disso tenho plena certeza. Meus ossos não estavam escondidos de ti quando em secreto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir. Como são preciosos para mim os teus pensamentos, ó Deus! Como é grande a soma deles! Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno. 
Salmos 139:13-17; 23-24



Só ele cura os de coração quebrantado e cuida das suas feridas. Salmos 147:3


presentinhos dos tios Felipe e Thauana e da tia Mariana


Aleluia! Louve, ó minha alma ao Senhor. Louvarei ao Senhor por toda a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto eu viver. Não confiem em príncipes, em meros mortais, incapazes de salvar. Quando o espírito deles se vai, voltam ao pó; naquele mesmo dia acabam-se os seus planos.
Como é feliz aquele cujo auxílio é o Deus de Jacó, cuja esperança está no Senhor, no seu Deus, que 
fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e que mantém a sua fidelidade para sempre! 



Benjamin. Esse é o nosso presente de Deus que está crescendo, guardado junto de mim para, logo mais, em fevereiro, estar conosco, descobrir o mundo, desbravar a vida. Será sempre muito amado e querido!

Ele já vive. Há 6 seis meses seu coraçãozinho bate forte, e ele cresce, se movimenta, vira pra lá e pra cá. Há algum tempo já sinto sua presença, no começo discreta, e cada vez mais marcante, com chutes, pulos, piruetas e sabe-se mais o que ele é capaz de fazer dentro da sua casinha de água, calor e aconchego materno.

Não é frequente, mas às vezes choro, e ele sente... Quando me alimento, lá está ele experimentando as sensações, sendo nutrido, e parece até que prefere alguns alimentos! Também se manifesta sempre que acordo ou vou deitar, fica se ajeitando e remexendo.

Em muitos aspectos essa nova gestação está sendo bem diferente. Mas alguns sintomas também já são conhecidos e não causam surpresa, afinal não faz tanto tempo assim que sua irmãzinha estava ali, nesta mesma casinha, crescendo envolvida em tanto amor, até cumprir toda a sua jornada, dentro e fora do útero. São irmãos, têm o mesmo sangue, vieram do mesmo ventre, e isso me faz amá-lo ainda mais.

Por um lado, confesso que não é fácil vivenciar uma nova gestação após perder um filho. Após receber um diagnóstico de grave malformação fetal. Após viver uma história tão intensa de amor, entrega, luta, dor e despedida. O coração fica um pouco cansado, arredio... Com medo de se entregar, de sofrer. Precisa reaprender a viver sem um pedaço muito importante, que faz muita, muita falta. 

Às vezes parece que a gente já está vivendo os extras da vida, o posfácio de uma longa história que já acabou. E ao mesmo tempo, por isso mesmo, é tão maravilhoso ter um novo filho. Lembro quando ouvi seu coraçãozinho batendo pela primeira vez, mesmo em meio aos traumas e medos do que poderia vir pela frente, um frescor de vida e esperança me envolveu em sorrisos: há vida novamente em mim! Estou recebendo mais uma vez o privilégio e a responsabilidade de ser guardiã de uma vida. Que mesmo tão pequena e completamente imprevisível, sei que é forte e já tem dentro de si muito potencial. Só precisa ter seu tempo respeitado e protegido. Apenas uma das muitas lições que sua irmã me ensinou.

Recebi novamente um passaporte para essa montanha russa de emoções da maternidade. E alguns traumas e medos estão lá, latentes. Mesmo quando a gente acha que já superou, que já aprendeu o caminho, quando a gente menos espera, eles, os medos, mostram suas garras e ficam atacando nossa mente, nos invadindo de preocupações, de ansiedade. Às vezes parece que nem é verdade que ele já está aqui, que está tudo bem e que podemos preparar tudo para sua chegada definitiva.

Por isso, talvez, muitas vezes só quero ficar quietinha e sozinha, gerando a vida e gerando a mim mesma, novamente, como mãe. Deixando a vida crescer e mostrar a que veio, deixando Deus fazer seu trabalho no maravilhoso e misterioso silêncio da natureza.


Benjamin foi um dos filhos de Jacó, um dos patriarcas do antigo testamento, mencionados na Bíblia. Ele nasceu em meio a um momento de muita dor para toda a família. Sua mãe, Raquel, havia morrido logo após seu nascimento. Uma dor sem fim para quem ficou. Especialmente para quem a amava mais do que tudo, como seu marido. Pode parecer trágico escolher esse nome conhecendo uma história tão triste. Mas o mais belo é o seu significado. Jacó escolheu Benjamim, pois significa "filho da minha direita" ou "filho da felicidade". Ele decidiu que aquela nova vida não carregaria o luto, tristeza ou amargura de uma perda. Decidiu que tinha que continuar a ser feliz, e que aquele filho era um presente de Deus para seu recomeço.

Quem já teve que se despedir de um filho por meio da morte talvez entenda que, depois da morte de um filho, a gente morre um pouquinho também. Nunca mais seremos a mesma pessoa. Sempre haverá a falta deste filho tão querido. Mesmo que se tenha uma dezena de filhos, mesmo que a casa esteja sempre cheia, haverá sempre um espaço vazio, no quarto, na mesa, no carro, nos porta-retratos... No coração. Mas é preciso recomeçar, se dar o direito de reaprender a viver e, o mais difícil, reaprender a sonhar.


Nada nunca será mais como antes, e isso às vezes assusta. Mas acho que também renascemos um pouco com o nascimento de um novo filho. Tudo pode voltar também a ser bonito, doce e encantador. Não como uma substituição, não achando que pode ser o mesmo filho, que pode suprir as perdas ou completar o vazio deixado. Não, de modo algum. As cicatrizes de uma perda fazem parte da nossa história, da essência de quem somos e de quem nos tornamos. Ele será nosso segundo filho, igualmente amado, mas que também partilhará da nossa perda, da história de nossa família, que já é marcada por muitas alegrias e também tristezas, e partilhará da nossa esperança em Cristo e no reencontro.

presentinhos dos tios Luiz e Cida

Que ele venha não somente nos consolar, mas também surpreender nosso coração. Que possamos viver novos sonhos juntos, totalmente imprevisíveis, com maturidade, com coragem, com novas descobertas a aprendizados, com a direção e a proteção do nosso Deus. E com muito, muito amor. É tudo que temos. E é tudo que precisamos!

Seja bem-vindo Benjamin, nós já te amamos com todo nosso coração!

Estas fotos são do mês passado, quando passei duas semanas na casa dos meus pais, em Taquara / RS

com minha mãe, Alice, e meu pai, Bruno
com a Milie

Nos fotos acima e abaixo, também alguns presentinhos que ele já ganhou. Hoje me deu muita alegria imaginá-lo já dentro destas roupinhas, pequenino, cheiroso e sapeca envolvido em meus braços.

presentinhos da vovó Alice e das tias Mariana, de São Paulo, e Mariana, de Fortaleza


(Obs. ainda estamos em dúvida se será Benjamin, com n, ou Benjamim, aportuguesado, com m, por enquanto estamos mais propensos à primeira opção!)

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Eu sempre vou te amar...


"Eu sempre vou te amar". É isso que meu coração diz toda vez que penso na minha amada Vitória de Cristo. 

Logo que ela partiu, sonhava bastante com ela - e nos meus sonhos ela sempre estava viva, acordando de repente, como se não tivesse morrido, mas apenas adormecido. Como nos relatos do evangelho em que Jesus ressuscitava as pessoas e dizia que estavam apenas dormindo. Ou como nessas notícias que ouvimos vez ou outra de que uma pessoa foi declarada morta mas de repente, no meio do velório, "ressuscitou" e fora apenas um sono profundo para o qual a medicina não tem muita explicação.

O fato é que, no sonho, ela começava a acordar, se mexer, eu ia correndo pegá-la no colo, abraça-la e a minha maior preocupação era então alimentá-la e hidratá-la - afinal ela estava há muito tempo desacordada sem comer! De alguma maneira não ficava surpresa pois, conforme nossa fé, conforme as promessas de Jesus na Bíblia, ela de fato não morreu, mas está viva em Cristo e um dia vamos nos reencontrar no céu, nisso eu creio de todo o meu coração.

Passou o tempo e nunca mais sonhei com ela. Poucos dias após descobrirmos que estávamos esperando nosso segundo bebê, um dia sonhei novamente. No sonho, eu me aproximei dela e lhe disse: "Filha, a mamãe vai ter outro bebê, mas eu quero que você saiba que a mamãe sempre, sempre vai te amar". E então lhe dei um abraço beeeem apertado, sentindo seu pequeno corpinho junto ao meu. Aí acordei. Com aquele calorzinho no meu coração, com a paz e leveza daquele abraço, de um amor sem fim, que seguirá comigo por toda a vida, mesmo que a minha gatinha linda já tenha partido. 

Tantos sentimentos profundos e complexos guardados no peito na forma de um abraço eterno e expressos  em uma pequena frase: "Eu sempre vou te amar".

Há algumas semanas, sonhei novamente com ela, e de novo ela estava acordando e voltando a viver. Eu saí correndo para lhe preparar uma vitamina de frutas, mas não achava as frutas e todas as coisas necessárias para preparar o alimento, e minha maior preocupação era em hidratá-la para que ela não voltasse a morrer. Aí comecei a pensar se precisava fazer um exame de urina para ver se ela não estava com infecção, e ficava cada vez mais apreensiva correndo pra lá e pra cá pela casa. Mas então eu a peguei no colo e foi como se Deus falasse ao meu coração: "Não é mais necessário". Então entendi que ela de fato havia partido e não era mais necessário cuidar dela, alimentá-la e fazer os controles da infecção de urina. Nesse breve momento de sonho, entendi que ela havia partido porque não era mais necessário estar aqui. Só isso. Tão simples. E me senti em paz novamente. Então ela voltou a dormir, com aquele seu rostinho sereno, com seus lindos olhinhos redondos com cílios longos serenamente fechados.

E eu lhe disse, profunda e pausadamente: "Eu sempre vou te amar". E a abracei beeeeem forte. E então acordei.


domingo, 3 de novembro de 2013

Lançamento do documentário Blood Money e exibição do "Eu, Vitória" em São Paulo





Queridos amigos,

Nessa terça-feira, 05/11 às 21h acontece a pré-estreia do documentário "Blood Money - Aborto Legalizado" aqui em São Paulo, quando também será exibido o curta "Eu, Vitória". Nós estaremos lá e todos vocês estão convidados!

Será no Shop. Frei Caneca - Espaço Itaú de Cinema (R. Frei Caneca, 569, Consolação, São Paulo). Nós estaremos lá!

Blood Money é um documentário norte-americano que revela os bastidores da indústria do aborto nos EUA. Você pode ler mais a respeito aqui e assistir ao trailer aqui

Assisti este documentário durante o Festival de Cinema Transcendental em Brasília e achei excelente - muito além do que eu esperava sobre um documentário sobre o aborto, pois não só mostra o que é o aborto na prática individual, o drama vivido pelas mulheres e a pressão social sofrida para essa decisão, mas também mostra todo um aspecto político, econômico, histórico como pano de fundo dessa indústria.

Além de emocionar, a produção traz informações reveladoras e verdades inconvenientes que precisam ser reveladas e debatidas - mas que são totalmente omitidas pela agenda abortista que está avançando em diversos países, e que tem insistentemente buscado persuadir a sociedade de que é normal e natural matar um bebê ainda no útero, como qualquer outro método banal de planejamento familiar, em nome dos direitos reprodutivos da mulher. São questões profundas e informações importantes que precisam ser conhecidas especialmente por quem é favorável à legalização do aborto ou por quem acha melhor não se posicionar a respeito por se tratar de um assunto polêmico.

Blood Money também tem pré-estreias no Rio de Janeiro (6), Goiânia (7), Brasília (8), Belém (9), Curitiba (11), Salvador (12), Recife (13) e Fortaleza (14). Nestas cidades, o diretor David Kyle vai estar presente falando sobre a produção do documentário.

O filme, com duração de 75 minutos, está sendo lançado pela Estação Luz no Brasil (mesma produtora do documentário Eu, Vitória), e entra em cartaz nos cinemas brasileiros a partir de 15 de novembro. Apesar disso, sua divulgação está sendo boicotada pela mídia tradicional, que permanece em silêncio diante da contundência de seu conteúdo e se mantém subserviente à agenda abortista que está sendo progressivamente imposta em nossa sociedade (para quem não sabe há um movimento muito forte trabalhando há algum tempo pela total legalização do aborto no Brasil). Por isso é importante a divulgação viral pelos blogs e redes sociais, para que a população tenha acesso e conhecimento do que se passa por trás da agenda abortista.

Além disso, amanhã, segunda-feira, 04/11, também acontece o "Fórum pela vida - Brasil Sem Aborto", na Câmara Municipal de SP, das 13h às 17h, com a presença da cantora Elba Ramalho e de David Kyle, diretor e roteirista do documentário Blood Money. Na ocasião, Elba receberá o título de cidadã paulistana. A entrada é aberta ao público. Também será exibido o curta "Eu, Vitória" e distribuídas cópias aos presentes.

Depois da semana de pré-estreias, Blood Money será exibido entre os dias 15, 16 e 17 nos seguintes cinemas: 



Mais informações podem ser obtidas nas páginas do Facebook Blood Money e Marcha pela Vida.

SERVIÇO:
  • "Fórum pela vida - Brasil sem aborto", com presença da cantora Elba Ramalho e do cineasta David Kyle
Quando: segunda-feira, 04/11 das 13h às 17h
Onde: Salão Nobre da Câmara Municipal de SP - 8º andar - Viaduto Jacareí, 100 - Bela Vista/SP

  • Pré-estreia do documentário "BLOOD MONEY - O ABORTO LEGALIZADO"
Quando: terça-feira, 05/11 às 21h30
Onde: Shopping Frei Caneca - Espaço Itaú de Cinema, Rua Frei Caneca, 569, Consolação, São Paulo



Obs. Em breve mais notícias da nossa gestação!

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