Ler introdução completa

Mas eu sou como uma oliveira que floresce na casa de Deus; confio no amor de
Deus para todo o sempre. Salmo 52:8

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Há seis meses uma pombinha branca voou com Jesus!


Hoje completam-se seis meses desde que a nossa "pombinha branca" alçou seu voo e partiu com Jesus! 



No último domingo foi o seu aniversário de 3 anos, nós levamos uma cesta linda de flores, uma borboleta brilhante e cata-ventos, e colocamos diante do seu túmulo. Também acendemos uma velinha de três anos à noite para agradecer pela sua linda vida.

É claro que ela não precisa de flores e velas (acredito que ela está em um lugar muito mais florido e iluminado do que aqui!) - mas para nós é importante celebrar em sua memória, honrar seu nome, sua história. Não esquecer o quão maravilhoso foi tê-la conosco.

Eu também fiz a seguinte reflexão:

Quando alguém faz aniversário, nós acendemos uma vela com o número dos anos de vida para celebrar. Contamos os nossos anos de vida porque sabemos que estes anos são limitados e um dia findarão. A chama lembra que ainda há vida. Hoje quando acendemos essa velinha em memória da Vitória, colocamos um porta-retrato com uma foto sua para lembrar sua vida e tirei essa fotografia. Quando minha sogra viu a imagem, comentou que no reflexo da chama não aparecia mais o número 3 da velinha, apenas a chama!

Então nesse momento que decidimos não apenas chorar, mas também celebrar e agradecer, entendemos: aqui nós contamos os anos, mas ela não precisa mais contá-los, porque na presença de Deus não há mais limitações, nem físicas, nem emocionais, espirituais... e nem de tempo! Ela é eterna junto de nosso amado Pai.

Isso trouxe alegria e paz ao meu coração. :-) Não é maravilhoso?

 



quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Chegada nos céus - Despedida na terra

Queridos amigos e leitores, neste post compartilho alguns momentos do dia do sepultamento da nossa princesa. Desculpem aos que por acaso sintam-se mal com este relato. A intenção não é de forma alguma chocar ou impressionar ninguém. Apenas dividir alguns fatos e sentimentos com aqueles que muito a amaram junto conosco - com a sinceridade e sensibilidade com que sempre relatei o que vivemos desde o seu nascimento. Se alguém não se sentir pronto a vivenciar estes momentos conosco hoje, fique à vontade para sair... A postarem estará aqui quando desejar ou precisar lê-la. Mas por favor respeite esse espaço.

Meu desejo é poder ajudar a outros pais e mães que venham a enfrentar o momento da despedida de seus amados filhos, e a outros que Deus permitir que leiam este post e desejem refletir sobre sua existência e caminhada nesta vida. 

Ao contrário do que muitos pensam, evitar falar no assunto nem sempre é o melhor caminho para "superar" o luto. Acredito que é possível transformar a dor em amor, em carinho, em boas lembranças e lições de vida - e que isso é saudável e importante para quem perde um familiar amado.



Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: "Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou."




Aquele que estava assentado no trono disse: "Estou fazendo novas todas as coisas!" E acrescentou: Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança". Disse-me ainda: "Está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, darei de beber gratuitamente da água da vida. O vencedor herdará tudo isto, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. Apocalipse 21


Nós fomos levados para um local chamado Morgue, no segundo subsolo do hospital, cerca de meia hora após o falecimento da Vivi. Uma copeira trouxe chá, cafezinho, bolachas e geleias logo depois que chegamos e reabasteceram tudo algumas vezes ao longo da noite, enquanto nossos amigos estavam conosco  - um gesto gentil e solidário do hospital naquele momento.

Ajudamos a arrumar seu lindo corpinho já sem vida, que estava envolvido em um lençol quando ela foi liberta de toda a sua dor e limitação e foi recebida por Jesus no céu. Aquela linda festa que eu havia lhe prometido quando nasceu, finalmente estava acontecendo dois anos e meio depois... e seu corpo não precisava mais estar na UTI recebendo medicações e cuidados. 

Pedi a minha sogra que buscasse em casa um lindo vestido vermelho que ela usara em seu aniversário de dois anos. Vovó Cida trouxe também uma meia-calça e sapatos prateados. Duas enfermeiras vieram para vesti-la para mim. Na ocasião do aniversário o vestido ainda era grande, mas agora ficara perfeito. Penteei seu cabelo com duas chiquinhas - ela estava tão linda com seus longos cabelos dourados que caíam até seus ombros. Passei óleo perfumado em seu rosto para tirar o restante de cola de esparadrapo do tubo, e perfumar e amaciar sua pele... ela estava linda, com a pele clarinha, apenas seus lábios muito descorados desde que entrara em choque. Passei um pouco de batom rosa clarinho, com um pincel, ficou natural e finalmente ela estava pronta. Ajeitamos uma bonequinha e bichinhos de pelúcia ao seu redor, para ficar com uma lembrança bonita desse momento de despedida do seu corpo terreno.



Então peguei um caderno que havia trazido, onde anotava algumas orações e estudos bíblicos, e minha Bíblia, e escrevi alguns versículos que me inspiraram desde o início da sua vida. Fui escrevendo e colocando os papéis como bilhetinhos ao redor do seu corpo. 


O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta. Em verdes pastagens me faz repousar e me conduz a águas tranqüilas; restaura-me o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome. Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem.Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo e fazendo transbordar o meu cálice. Sei que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida, e voltarei à casa do Senhor enquanto eu viver. Salmo 23


Foi a forma que encontrei de cercar aquele momento tão triste com as promessas de Cristo e guardar nossas mentes e corações Nele. Também escrevemos uma cartinha para ela, algumas poucas horas após ela partir desse mundo. Pedi ao Marcelo que me ajudasse a escrever e a deixarmos junto de seu corpo enquanto aguardávamos o momento de ir para o cemitério.


Amada filha,

Como nós te amamos! Te amamos de todo o nosso coração desde que soubemos da sua existência. Cada instante da sua vida foi celebrado com muita alegria e gratidão por nós. Foi maravilhoso lutar junto com você, ver você nascer, viver, crescer sempre tão linda e tão doce. Você é um tesouro de valor inestimável, uma preciosidade que os nossos olhos tiveram o privilégio de contemplar.

O brilho do teu olhar conversa com a nossa alma. A tua pureza e o teu amor nos ensinam muito de nosso Pai Eterno. Nós te amamos sem fim, um amor que não cabe nessa vida. Continuaremos te amando com amor eterno, por toda a nossa vida e para além dela. Cremos que você está bem agora, junto do nosso Pai, pois servimos um Deus vivo, fiel, leal e verdadeiro. Aquele que te criou, te recolheu. Ficaremos com saudade da tua presença física, mas estamos em paz, pois a sua vida aqui nesta terra foi radiante da beleza de Cristo.

Vai com Deus, nosso anjinho puro e precioso, nossa princesinha, nossa gatinha muito, muito linda e vencedora, sua serelepe! Nós sempre te amaremos com amor eterno.

Muito obrigada por esse tempo tão lindo em que você lutou para estar conosco.

Muito obrigada por tantos dias tão felizes em que você se deixou ser amada e cuidada por nós.

Muito obrigada por ter nos levado para mais perto de Deus.

Muito obrigada por ter nos ensinado lições tão preciosas sobre a vida.

Você é linda, perfeita, preciosa. Sempre te amaremos e agradecemos tanto a Deus por você estar agora em paz junto dele.

Fica bem, princesinha, fica com Deus, vai em paz, voa linda seu gracioso voo para a eternidade.

Com todo o amor e carinho,
papai e mamãe



Algumas dezenas de amigos foram ao hospital assim que souberam que ela partira, por volta das 9:30 da noite, para nos abraçar e consolar. Estávamos sem telefone celular, sem computador, somente ligamos do quarto da UTI para alguns amigos e familiares que lembrávamos o número de cor e pedimos que avisassem a todos que pudessem. Durante a madrugada aos poucos todos foram se despedindo e lá pelas quatro horas da manhã estávamos apenas o Marcelo, eu e minha sogra, Cida.

Tentamos cochilar, acho que talvez consegui dormir uns 20 minutos, depois voltei a ficar ao lado de seu corpo. Enquanto eu chorava eu a enxergava por entre as lágrimas, e era como se ela ainda respirasse por entre a imagem marejada e oscilante dos meus olhos. Algumas pessoas do hospital apareceram durante esse tempo. Lembro de uma moça que veio me abraçar, isso já devia ser de manhã cedo, e me disse: "trabalho há muitos anos neste hospital, e nunca desci até aqui. Mas hoje eu precisava vir lhe dizer que te admiro muito e desejo que Deus os abençoe. Parabéns pela mãe que você foi!" Ela me deu um abraço carinhoso e saiu.

Quando o carro da funerária chegou, por volta das 8h da manhã, estávamos ao lado de seu corpo, e um senhor muito educado e atencioso veio colocá-la em seu caixãozinho branco para levá-la. O Marcelo o ajudou a colocá-la no caixão - ela parecia estar dormindo, era como se seu rostinho fosse fazer algum movimento porque estávamos mexendo com ela - como ela sempre fazia. Como ela era sempre tão expressiva e cheia de vida mesmo quando dormia! Como alguém poderia dizer que ela não tinha vida, desde sua gestação? Mas desta vez não - seu sono era muito mais profundo... E ela se foi envolta em seus bichinhos e sua boneca.




Somente pude colocar um aviso no blog e Facebook sobre seu falecimento, informando sobre o velório e o enterro durante a madrugada, quando conseguimos uma tomada adaptada para carregar o notebook. Enquanto íamos para o cemitério, liguei para a pediatra dela e para a sua fisioterapeuta, pois foram pessoas que cuidaram dela com muito amor. Não consegui avisar mais ninguém.

Enquanto o carro andava, eu olhava para o céu e tudo parecia tão claro e diferente. Após passar a noite toda no subsolo do hospital a claridade do dia ofuscava meus olhos. Lembrei do dia em que a trouxemos para a casa, em uma fria manhã de junho quando, pela primeira vez ela andava de carro e conhecia um pouco do mundo. Quando ela deixava a UTI e estava indo para sua casa. Agora tudo era diferente, mas de certa forma semelhante. Ela deixara esta vida para ir para sua casa definitiva. De uma estranha maneira parecia que eu também morrera um pouco e começava uma nova vida. Uma nova vida sem minha filha. Em que eu teria que reaprender tudo, me reinventar sem ela ao meu lado.

Quando chegamos, o senhor da funerária estava ajeitando seu corpo no caixão aberto, e novamente pedi que me ajudasse, pois seus cabelos haviam bagunçado durante o transporte... refiz as chiquinhas e deixei seus cabelos espalhados por cima das flores que a rodeavam.

Muitos amigos vieram. Meus pais viajaram de madrugada do Rio Grande do Sul e chegaram logo cedo para estar conosco. À medida que se aproximava a hora do enterro, mais gente chegava, muitas dezenas de pessoas, entre amigos, familiares e conhecidos, até que a sala estava toda cheia até a entrada. Fiquei feliz com a presença de cada um. Especialmente foi especial a presença da sua pediatra, Dra. Luiza Helena, a fisioterapeuta Janice, juntamente com duas outras terapeutas da clínica GHRAU, e a tia Carlinha, a técnica de enfermagem que cuidara dela desde seu primeiro dia de vida e durante os primeiros meses na UTI Neonatal. Carlinha chegou na hora do enterro, me abraçou chorando e disse: Jô, eu nunca imaginei que esse dia iria chegar, eu não acredito que esse dia chegou!

Recebemos muitos abraços, muitas palavras de consolo. Sorríamos e chorávamos. Algumas pessoas expressaram publicamente o quanto Vitória impactou suas vidas e lhes trouxe preciosas lições sobre o amor de Deus e sobre o valor de crianças com necessidades especiais.

Dois amigos tocaram ao violão duas canções que pedimos: Grande é o Senhor (Adhemar de Campos) e Poder do teu amor (Diante do Trono).

Grande é o Senhor em quem nós temos a vitória,
Que nos ajuda contra o inimigo.
Por isso diante d' Ele nos prostramos.
Queremos o Teu nome engrandecer
e agradecer-Te por Tua obra em nossas vidas.
Confiamos em Teu infinito amor,
pois só Tu és o Deus eterno,
sobre toda Terra e Céu

Enquanto cantávamos, pensava em nossa caminhada nesta terra e agradeci sinceramente a Deus por ter permitido que a Vitória fosse nossa filha e vivesse tão surpreendente história. Adoramos o seu nome e o glorificamos por suas obras perfeitas. Ao fechar os olhos era como se eu não estivesse no chão e Deus me abraçasse e consolasse diante de seu trono no céu. E me ajudasse a enxergar além do que meus olhos humanos podiam ver.


Senhor eis me aqui
Vem transformar meu ser
No fluir da graça que encontrei em Ti
Senhor descobri
Que as fraquezas que há em mim
Podem ser vencidas no poder do Teu amor

Junto a Ti, Teu amor me envolve
Atrai-me para ao Teu lado estar
Espero em Ti e subo como águia
Nas asas do Espírito contigo voarei
No poder do Teu amor

Face a face quero ver-te meu Senhor
E conhecer o Amor que habita em mim
Vem renovar minha mente em Teu querer
Meus dias viverei no poder do Teu amor



Aquelas palavras eram surpreendentemente vivas e eu cri de todo o meu coração que era exatamente isso que Jesus havia feito por ela, levando-a nas asas do Espirito para junto da presença amorosa e viva de Deus, no momento em que ela deu seu último suspiro e seu pequeno coração bateu pela última vez nesse mundo. Aquele que a amava imensamente, e mais ainda do que nós, a recebera alegremente de braços abertos. Pensei na sua jornada e que ela estava indo para o lugar onde ela realmente deveria estar - no tempo perfeito de Deus.


O Marcelo disse algumas palavras e eu também. Lembro que agradeci a todos que haviam nos acompanhado ao logo dos últimos anos e agradeci por estarem ali conosco. Disse que me orgulhava de minha filha e da forma como ela vivera sua vida e cumprira sua jornada, e desejava que ela fosse a nossa inspiração, para que eu e todos os que ali se encontravam também tivéssemos coragem e amor para cumprirmos a nossa missão, o propósito que Deus tem para nossas vidas. Para que ao chegar o momento da nossa partida, possamos descansar em paz como nossa amada filha. Que ela fosse um exemplo e inspiração para nós continuarmos a nossa vida neste mundo.

O dia era muito frio. Seu rostinho já estava terrivelmente gelado, mas ainda assim eu a beijei algumas vezes. Eu precisava beijá-la e ainda expressar meu amor cuidando com carinho e respeito de seu corpo e lhe oferecendo um sepultamento digno. E na última vez eu lhe disse: Vai com Deus, meu amor, eu te amo muito. Marcelo e eu nos abraçamos sobre o seu corpo e baixinho eu disse: "Família!!!", como sempre costumávamos fazer durante as brincadeiras em casa, os três abraçados e unidos. Sabia que ela não estava mais ali, mas todas estas atitudes e palavras me ajudavam a vivenciar plenamente aquele momento de despedida. Todos estes momentos me fizeram bem. Sou muito grata por termos podido nos despedir dela dessa maneira. Também pedi que uma amiga tirasse uma foto nossa do meu celular - sabia que alguns me achariam maluca, mas eu queria registrar esse momento assim como registrara tudo desde o início - essa era a nossa história.




Chegada a hora do sepultamento, carregamos seu caixãozinho com orgulho, Marcelo, eu, e nossos pais. Nossa amada filha, uma guerreira digna e corajosa, que cumprira sua missão e agora descansara. Enquanto seguíamos o carro com o caixão e as coroas de flores em direção ao túmulo, apesar do vento frio e cortante, o dia se iluminou, o sol saiu de trás das nuvens e brilhou por entre a copa das árvores. E em silêncio assistimos aos coveiros, vestidos de azul e com grandes botas em meio à terra, jogarem terra e mais terra, até que tudo fosse totalmente coberto. Então eu senti de novo aquela estranha e inexplicável paz. A mesma paz que trouxera leveza ao meu coração quando ela nascera. Uma paz que não poderia imaginar sentir neste momento. Braços vazios, coração triste, mas em paz. Missão cumprida.

Não houve rituais ou cerimônias, apenas o silêncio da natureza, o vento, os pássaros ao longe. Agora não havia mais choro nem riso. Não havia o pulsar de um coração ecoando do ultrassom, nem o tique-taque do relógio. Acabaram-se os apitos da UTI e as músicas de ninar tocadas para velar seu sono. Mas o amor jamais findaria.

Marcelo e eu ficamos abraçados em silêncio diante à terra, diante às muitas flores depositadas sobre seu túmulo, diante à vida que agora estava em silêncio junto conosco, para chorar de saudade a agradecer.

Deus escrevera suas últimas palavras para aquela vida neste mundo, de uma pequena cidadã dos céus que agora retornava para casa com sua missão cumprida e todas as sementes de amor e coragem que recebera, plantadas em incontáveis corações.

Ao menos no meu coração, te prometo, essas sementes vão florescer!






Que saudade da criança mais linda e doce que carreguei em meus braços... minha princesinha linda, tão pequena, tão forte e valente. Iluminou nossas vidas e a de tantas pessoas ao redor do mundo somente com seu sorriso e seus olhos cheios de amor. Como agradecemos por você ter entrado em nossas vidas, estarás para sempre em nossos corações! Nossa amada Vitória de Cristo!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Aniversário celestial - 3 anos de Vitória!

Tudo que recebemos e aprendemos com sua vida não se compara ao pouco que tivemos o privilégio de lhe oferecer: nosso amor de pai e mãe, uma família, um nome e uma memória. Que sempre honraremos em respeito e gratidão pelos grandes tesouros que recebemos com sua preciosa vida!





Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...